sexta-feira, 11 de março de 2011

Perdido em meio ao silêncio.

Doía o quão o silencio se fazia presente, na mesma força em que as palavras imaginariamente cruzavam sua boca. Ah, sua boca. Provavelmente tão macia quão um algodão doce, provavelmente doce como um pirolito do tamanho de sua cabeça. Era doce. Não só seus lábios, mas ele por inteiro. Doía a distância que o separava e contudo a dor que consigo carregava - transparecia em seus olhos e seus actos -, e escondido por trás de sorrisos de canto e meras coradas bochechas, lá estava ele... Mais uma vez. Pude perceber o quão rude consigo mesmo era, pude perceber o quão alinhados seus dentes eram. Mas desta vez, além de tudo, pude perceber que mais uma vez ele estava com as mãos estendidas. E não era para o vento.